data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Há quatro anos, Dilson José Baratto contribui com a comunidade escolar. Para ele, a segurança dos alunos é prioridade
Ele é conhecido como o "Severino" da Escola Municipal de Ensino Fundamental Lívia Menna Barreto, nome geralmente associado àquelas pessoas dedicadas, que são "pau para toda obra". Essa é a função do militar da aeronáutica aposentado Dilson José Baratto, 56 anos. Nos últimos quatro anos letivos, ele tem sido voluntário para fazer variados consertos no colégio que fica no Bairro Camobi, na zona leste de Santa Maria.
Com caixas de leite, Dilson reformou as calhas do telhado da escola. Como as telhas eram antigas, desgastadas e danificadas pelos temporais, ele achou por bem reformar todo o telhado.
Durante a carreira militar, o faxinalense adquiriu conhecimentos sobre instalações elétricas. Com isso, conseguiu contribuir para a melhorar a escola, realizando o conserto do portão principal. Além disso, Dilson fez a instalação de oito câmeras de segurança que foram adquiridas pela direção com recursos obtidos por meio do lucro de uma festa junina. As câmeras se somaram as que foram instaladas pela prefeitura.
- Trabalhei um período no setor de comunicações do quartel. Então, tenho algumas noções na parte elétrica. Não faço um trabalho profissional, mas ajudo no que posso - fala o aposentado.
EXEMPLO
A ligação do aposentado com o Lívia Menna Barreto se deu por meio da mulher, Cleunice Baratto, coordenadora dos anos finais. A partir dela, ele tomou conhecimento das necessidades da comunidade e passou a utilizar o tempo livre para auxiliar a escola a reparar a infraestrutura dos trabalhos mais simples, como apertar parafusos frouxos ou balancear as fases de energia dos prédios.
- Em ambientes que tem criança, todo o cuidado é pouco. Um prego solto pode ser perigoso. Eles são muito curiosos. Então, qualquer reparo é muito importante - diz.
Funcionário do colégio, o serviços gerais Vilnei Belitz afirma que Dilson é conhecido como um amigo da escola e, mais do que isso, conquistou o respeito dos alunos:
- As crianças veem os problemas e correm para contar para o Dilson. Ele é uma inspiração para elas, que incentivam os pais a ajudarem também.
RECONHECIMENTO
A diretora da Escola Lívia Menna Barreto, Greice Chaves, fala que, com auxílio na mão de obra para os reparos, mesmo que os mais pequenos, a instituição já economiza. Para ela, a comunidade abraça com carinho o colégio que tem 262 alunos. Nesta rotina, ela já reconhece o voluntário como um colega na instituição:
- Brinco que o Dilson já é um funcionário da escola. Ele é um exemplo de dedicação, tanto para os adultos quanto para as crianças. A maneira com que ele e a esposa zelam pelo patrimônio é uma inspiração para cuidarmos de algo que é de todos. Até na manutenção dos computadores ele nos ajuda.
O voluntário sabe da responsabilidade que tem com as novas gerações. Ele comenta que, no dia a dia, é comum que os alunos perguntem a respeito do trabalho que está fazendo.
- São pequenos reparos que ajudam muito na infraestrutura da escola. Meu objetivo é tornar o ambiente mais agradável para toda a comunidade. Espero, também, que essa iniciativa tenha efeito na qualidade de educação que as crianças recebem - completa Dilson.
*Colaborou Rafael Favero